A osteoporose é uma doença metabólica progressiva, ela faz com que os ossos se tornem mais porosos e percam sua densidade, ou seja, ocorre uma diminuição da mineralização óssea. Assim, eles acabam se quebrando mais facilmente. A perda da densidade óssea acontece em todo o esqueleto. Porém, essa perda ocorre de maneira mais intensa em ossos do punho, na coluna lombar, torácica, no quadril e na cabeça do fêmur.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil e apenas 20% sabem que possuem a doença. Ela é a responsável por 200 mil mortes por ano. Sendo assim, é preciso estar atento, pois é uma doença que acaba passando despercebida, justamente pelo fato de ser extremamente silenciosa. O diagnóstico, geralmente, acontece somente quando o paciente já apresentou algum problema, e consequentemente, a fratura.
A partir de qual idade ela começa a aparecer?
O pico da massa óssea ocorre em mulheres e homens em torno dos 30 anos, vale ressaltar ainda que os homens têm maior massa óssea que as mulheres. Após atingir o pico, a massa óssea se estabiliza por determinado tempo, em média 10 anos. Nesse período, a formação óssea é aproximadamente igual à reabsorção óssea. Já depois dos 40 anos, ocorre uma perda de massa óssea, cerca de 0,3% a 0,5% ao ano.
É preciso compreender ainda que a osteoporose pode afetar tanto homens, quanto as mulheres. Contudo, após a menopausa, devido à alteração hormonal, a perda de massa óssea acelera em mulheres para cerca de 3% a 5% ao ano, por um período de 5 a 7 anos, seguido de uma desaceleração dessa perda. Nesse sentido, isso quer dizer que mulher possui 4 vezes mais chance de desenvolver a doença em relação aos homens. Estima-se que 1 em cada 5 mulheres são afetadas pela osteoporose, já quando se trata dos homens esse número cai para 1 em 20 homens.
Contudo, não são somente os idosos, acometidos pela doença. A osteoporose também pode afetar pacientes mais jovens, além de pacientes do sexo masculino, já que existem outras causas além do envelhecimento para a osteoporose. Além disso, os pacientes com doença renal crônica são pacientes com alto risco de desenvolver a osteoporose.
Por que uma pessoa desenvolve osteoporose?
Muitos são os elementos que contribuem para o surgimento da doença, principalmente o que se chama de fatores de risco. Dentre eles, destaca-se: a hereditariedade, o sedentarismo, a idade avançada, alimentação deficiente em cálcio e vitamina D, tabagismo e o consumo de álcool.
É importante ressaltar que o sedentarismo resulta em perda da massa óssea. Já no que se refere à alimentação, além de uma alimentação deficiente em cálcio e vitamina D, a falta de fósforo, magnésio e de vitamina K também são aspectos que contribuem com o aparecimento da doença. Por fim, como citado anteriormente, o álcool e o tabagismo são prejudiciais, pois também afetam negativamente a massa óssea, fazendo com que haja maior perda.
Como ocorre a osteoporose?
A osteoporose ocorre quando a criação do osso novo não acompanha a perda do osso antigo. Isso quer dizer que o corpo passa a perder mais do que a produzir. O interior de um osso saudável se parece com uma esponja. Existe então, uma casca dura que envolve essa esponja, denominado osso cortical.
Quando uma pessoa é acometida pela osteoporose, os buracos nessa esponja são maiores, o que acaba enfraquecendo o osso. Como já mencionado anteriormente, a osteoporose acomete mais comumente locais partículas, contudo o mais perigoso de todos é o colo do fêmur. De acordo com estatísticas, 1 em cada 4 pessoas que sofrem essa fatura no colo do fêmur, morrem em até 6 meses. Já aqueles que sobrevivem, perdem no que se refere à qualidade de vida.
Quais os sintomas da osteoporose?
A doença, geralmente, se desenvolve sem nenhum sintoma ou dor aparente. Ela costuma ser descoberta apenas quando os ossos enfraquecidos causam fraturas dolorosas. É por essa razão, que é preciso estar sempre alerta e realizando exames de rotina, ao menos uma vez ao ano. Além disso, é necessário se atentar a alguns sinais, como: perda de altura com o passar do tempo, dor nas costas e ossos que quebram mais facilmente do que aquilo que se é esperado.
Como é realizado o diagnóstico e a prevenção?
O diagnóstico de osteoporose é realizado por densitometria óssea, o qual é um exame que mede a densidade mineral óssea. A indicação é para todas as mulheres acima de 65 anos, ou mulheres após a menopausa com fatores de risco. Contudo, homens ou mulheres em qualquer idade que tiverem qualquer fratura, ou fragilidade também devem realizar uma consulta médica e procurar estabelecer um diagnóstico.
Já no que diz respeito à prevenção, ela se dá pela modificação dos fatores de risco, suplementação nutricional, além de exercícios para otimizar a força muscular e óssea. Não obstante a isso, é pertinente dizer que independentemente de sua idade, deve-se estar atento a osteoporose.
Qual a diferença entre osteoporose e osteopenia?
Ambas são condições em que a perda significativa de massa óssea acontece resultando na fragilidade dos ossos. A principal diferença está na intensidade do problema. A osteopenia indica uma perda menor de massa óssea, ou seja, os valores atingidos não podem ser classificados como osteoporose. Contudo, com o passar do tempo, a osteopenia pode se tornar osteoporose.
Sim, quando o diagnóstico ocorre tardiamente, corre-se o risco de o paciente que sofreu a fratura perder em qualidade de vida, assim como a sua independência. Principalmente, quando um osso se quebra, outros problemas podem aparecer concomitantemente, como a trombose, o risco de perder a memória e a capacidade cognitiva. Por fim, calcula-se que 20% dos idosos que quebram o quadril morrem dentro do período de um ano devido às complicações da doença, ou a cirurgia em que é submetido nesse período.
Além disso, muitos são os cuidados que esses pacientes exigem como terapia e um profissional capacitado para auxiliá-los.