Paciente IMUNOSSUPRIMIDO e as vacinas

Paciente imunossuprimido você sabe o que é ?  Já tinha ouvido esse termo antes? Leia o artigo a seguir e entenda mais sobre esse grupo de pessoas com baixa imunidade. 

O sistema imunológico do ser humano é o principal responsável em proteger o seu corpo. Isso porque é ele quem cria uma barreira evitando a entrada de substâncias estranhas que possam de algum modo afetar a saúde das pessoas. Esse sistema é bastante complexo devido ao conjunto de células e órgãos que fazem parte dele no propósito de conferir proteção.

A imunidade pode ser classificada como inata ou adquirida. A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo e todos nascem com tal proteção, porém sem particularidades. Já a imunidade adquirida, também conhecida como imunidade adaptativa, tem relação com a resposta do organismo obtida ao longo da vida após o contato com distintos antígenos, propiciando proteção ao ser humano.

O que é a imunossupressão?

A imunossupressão é o ato de reduzir a atividade ou eficiência do nosso sistema imunológico. Sendo assim, os pacientes imunossuprimidos refere-se a um grupo de pessoas que apresentam um funcionamento anormal do sistema imunológico. Isso ocorre devido ao funcionamento precário dos mecanismos de defesa do corpo. Isso quer dizer que as pessoas pertencentes a esse grupo acabam se tornando mais expostas a doenças e infecções.

O que faz alguém ser um imunossuprimido?

Existe mais de uma causa provável para a condição de tornar-se um imunossuprimido. Uma dessas causas parte da imunodeficiência primária que corresponde a situação onde a presença de doenças congênitas contribuem para que a pessoa já nasça com a deficiência do seu sistema imunológico. 

Além disso, há ainda casos de imunodeficiência secundária, nesse caso em particular entra a questão da exposição a enfermidades. Como por exemplo; o HIV ou o câncer, que podem gerar a dependência do uso de imunossupressores para que o paciente consiga que sua imunidade reaja e possa atender as demandas do corpo humano. 

Existe também a questão relacionada à faixa etária, isso porque naturalmente os idosos enfrentam mais dificuldades no que se refere ao sistema imunológico, que envelhece juntamente com o ser humano, causando um déficit no seu funcionamento e gerando uma baixa em sua capacidade de combater vírus e bactérias. 

Por fim, pode ser causada por maus hábitos como: alimentação desequilibrada e sedentarismo, efeitos de medicamentos, doenças adquiridas, pacientes transplantados, entre outros. Em todos os casos, é preciso estar atento a maior suscetibilidade ao enfrentamento de doenças, principalmente devido à baixa imunidade.

Cuidados tomados pelo imunossuprimido

Com base em tudo que foi mencionado até o momento, vale salientar que existem medidas a serem tomadas para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Dentre as medidas indicadas, a primeira refere-se ao isolamento social durante pandemias e epidemias, diminuindo assim a chance do contato com pessoas que possam transmitir doenças. 

Já a segunda medida trata de manter a vacinação em dia, com atenção especial a todas as etapas dessas vacinas e datas determinadas, conforme as prescrições médicas. Além desses fatores, outro aspecto a ser levado em conta é o maior índice de acidez gástrica, buscando então mantê-la alta por se tratar de uma barreira importante para a chegada e estabelecimento de patógenos ao corpo humano.

Por fim, ainda que você que está lendo este artigo não seja um imunossuprimido precisa tomar alguns cuidados fundamentais, caso conviva com algum deles. Entre esses cuidados, deve-se: evitar o contato com um imunossuprimido ao se deparar com a menor alteração em sua condição de saúde, manter suas vacinas em dia e medidas de higiene. Essas medidas de higiene referem-se ao uso de álcool em gel e lavagem de mãos freqüentes. 

Quais são os sintomas de um imunossuprimido?

Os pacientes nessa condição são mais suscetíveis a enfermidades, assim como encontram mais dificuldades para tratá-las. Isso quer dizer que os responsáveis em causar doenças, como as bactérias, os parasitas, os fungos e vírus, conseguem se espalhar com maior velocidade em pessoas que possuem imunodepressão.

Geralmente, os imunossuprimidos apresentam problemas no sistema respiratório, bem como no sistema gastrointestinal. A deficiência, ainda, pode acometer outros órgãos do paciente ou outros sistemas.

Como se descobre a imunodepressão? 

Essa redução de eficiência do sistema imunológico pode ser diagnosticada através de exames laboratoriais e análise sanguínea. Esses exames podem ser solicitados pelo médico responsável, contudo existem outros tipos de exames mais completos que são capazes de identificar a imunidade do paciente.

Além disso, é pertinente dizer que existem condições de imunodepressão temporária. Elas podem decorrer de infecções comuns e o tratamento precisa ser prescrito pelo médico com o uso adequado de medicamentos, se necessário.

Qual o perigo em vacinar pacientes imunossuprimidos?

Toda a vacina tem o propósito de ativar o sistema imune e as células de memória, porém de maneiras diferentes. Logo, o risco em vacinar pacientes imunossuprimidos dependerá do tipo da vacina, já que elas são específicas para grupos de infecções, ou ainda uma infecção em particular. As vacinas podem ser de dois tipos: aquelas feitas a partir do vírus enfraquecido; ou aquelas a partir do vírus morto, ou de pedaços de vírus.

As vacinas feitas de vírus atenuado, ou vírus enfraquecido, como por exemplo, a febre amarela, não podem ser tomadas por pessoas com baixa imunidade, além de gestantes e pessoas idosas, que também possuem a imunodepressão pela idade. Essas pessoas precisam pesar o risco-benefício das vacinas, já que existe maior risco de complicação.

Já as vacinas feitas a partir do vírus morto, ou dos pedaços de vírus, como no caso da gripe, são imunizantes que podem ser aplicados, inclusive em pessoas com baixa imunidade. Contudo, a resposta à vacina também fica a cargo da imunidade do paciente e dependendo de quão baixa ela esteja, não haverá boa resposta à vacina. Nesse caso, o ideal é esperar até que a imunidade do paciente melhore. 

Dra. Célia Alcântara

Dra. Célia Alcântara

Médica Reumatologista em Fortaleza

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